Começaram nesta terça-feira (27) os depoimentos de testemunhas sobre o mutirão de procedimentos oftalmológicos realizado em um hospital público de Campina Grande, que resultou em complicações em 29 pacientes. Os sintomas variaram de leves a graves, incluindo infecções e perda da visão. A ação foi realizada no dia 15 de maio.

A Polícia Civil informou que neste primeiro momento serão ouvidos profissionais que participaram dos procedimentos oftalmológicos e as vítimas.

Um boletim de ocorrência foi registrado pelo diretor do Hospital de Clínicas, onde o mutirão ocorreu, após o início da repercussão do caso.

A Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba também está apurando a situação e admitiu que medicamentos vencidos estavam entre os materiais utilizados no mutirão.

Segundo a SES-PB, 64 pessoas participaram do mutirão, que foi realizado por meio de um contrato entre a pasta e a Fundação Rubens Dutra Segundo. A fundação nega que usou medicamentos vencidos e afirma que, desde o momento que tomou conhecimento do problema, começou uma busca ativa dos pacientes sintomáticos.

Na atualização mais recente sobre o estado dos pacientes, segundo a Secretaria de Saúde, 17 pessoas seguem na enfermaria, enquanto outras duas foram encaminhados para tratamento ambulatorial. Os demais pacientes que apresentaram sintomas continuam em acompanhamento e tratamento clínico individualizado, e apresentam progressos no controle da infecção.

Entenda o caso

Pacientes relatam infecções nos olhos após mutirão no Hospital de Clínicas em CG

Pacientes submetidos a procedimentos oftalmológicos durante um mutirão realizado no Hospital de Clínicas de Campina Grande, em 15 de maio, relataram complicações graves, incluindo casos de infecção e até perda total da visão após os atendimentos.

O caso já é alvo de uma investigação do Ministério Público da Paraíba (MPPB). O Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) também acompanha a situação.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB), 64 pessoas participaram do mutirão, que foi realizado por meio de um contrato entre a pasta e a Fundação Rubens Dutra Segundo. Desse total de pacientes, apresentaram complicações.

À TV Paraíba, o presidente da Fundação Rubens Dutra Segundo disse que acompanha as investigações e confirmou que os medicamentos e profissionais envolvidos possuem ligação com a fundação.

Do G1PB